quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Nós Vos damos Graças


Senhor, nosso Deus,

nós vos damos graças

porque da cinza da morte das nossas vidas

tirais um fogo novo, um novo ardor.

Nós vos damos graças

porque nos estendeis os vossos braços

e ajudais a caminhar com segurança.

Senhor nosso Deus,

ao apresentarmos estes propósitos de vida nova,

nós vos pedimos com confiança:

que os cumpramos fielmente

e cresçamos em alegria e paz.

Por Jesus Cristo, vosso Filho,

na unidade do Espírito Santo. Amen.

À porta do deserto

Bendito sejas, Pai,

pela graça e este tempo;

por conceder-nos um momento oportuno

de preparação para as festas pascais.

Bendito és, Tu, Pai

porque nos chamas a cada um individualmente

a empenhar-nos de maneira consciente

no compromisso de seguir a Jesus

teu Filho, nosso amigo e Irmão.


Bendito és, Tu, Pai

Por nos interpelares

no profundo e radical da vida

e por quereres libertar-nos de nossas falsas seguranças

e dos ídolos secretos que construímos sem cessar.


Bendito és, Tu, Pai,

porque nos dás o Espírito,

o único que pode converter-nos,

o único que pode atravessar nossos pensamentos

o único que pode dar-nos um coração de filhos

segundo o coração de Teu Filho Jesus.


Pai, que nesta Quaresma,

unidos à multidão dos que marcham

pela senda do Evangelho,

vivamos o tempo propício do nosso regresso a Ti,

Deus Pai, único e verdadeiro. Amén.


terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

A festa foi BOA


Estivemos lá 210 pessoas! Não foi nada mau, para uma festa de Carnaval Paroquial, e para a inauguração do Centro Catequético João Paulo II. Nos comes e bebes não foi aquela afluência, a não ser às bifanas, bolo de chocolate e ao bolo de cenoura do Pe Albino (",) Mas assegura-se que tudo estava delicioso!
A chuva parou um pouco o que permitiu aos foliões chegarem a tempo de um pézinho de dança antes do desfile de máscaras.
O vencedor foi um paroquiano de Vilar de Andorinho, conhecido por Sr Prior. Estava uma mulher e pêras. Desfilou com estilo em cima de tacões e ganhou ao som do povo a entoar "És tão boa! És tão boa..."
Está-se mesmo a ver, foi uma animação. Os miúdinhos adoraram. Corriam de um lado para o outro até terem vez nos matrecos. E os adultos ao som de umas boas músicas pimba, iam tentando adivinhar quem se escondia por detrás das máscaras e pinturas!
Parabéns à organização que coube ao Coro Jovem de Balteiro.
Parabéns à paróquia pelo entusiasmo!

domingo, 18 de fevereiro de 2007

Amanhã NOITE DE CARNAVAL



Temos a oportunidade de ir dar um pé de dança na folia que vai ser a festa paroquial.
Vamos estar assim a comemorar o Carnaval. Será em Balteiro, no Centro Catequético!
Só não vale ir sem máscara. Toca a dar asas à imaginação, e às 21h30, contamos ver-vos lá!

Jornada Mundial da Juventude 2008: «Teologia do corpo» para e-peregrinos



Estamos a um passinho das próximas Jornadas da Juventude. Quem já foi a uma destas Jornadas sabe da ansiedade que se sente quando este grande Encontro com Cristo e com os Irmãos está para chegar. A preparação é sem dúvida importante. A serenidade de espírito e o silêncio interior são chaves para abrir a porta para esta experiência. Desta vez, será em Sydney… prepara-te e ora por aqueles que já estão a Caminho…

Susana Bilber

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SYDNEY, quarta-feira, 17 de janeiro de 2007 (ZENIT.org).- O dom e o significado da sexualidade humana: é a proposta de reflexão para os jovens que já peregrinam «virtualmente» a Sydney, onde se celebrará a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em 2008.

A e-peregrinação (“Epilgrimage”), a peregrinação «on-line», é um instrumento completamente novo nas JMJ para chegar aos jovens peregrinos e prepará-los para esse grande encontro de fé e festa com o Papa.

O boletim que a organização da JMJ ’08 lança este mês para todos os interessados em viver esta experiência de «e-peregrinação» aborda a sexualidade humana.

Para isso, aponta ensinamentos de João Paulo II sobre o significado da sexualidade; tais discursos se reuniram sob o nome de «Teologia do Corpo».

«Esta e-peregrinação explora diferentes maneiras nas quais esta mensagem tão positiva acerca da vida física e do amor foram expressadas na tradição católica, desde o começo, no Cântico dos Cânticos da Bíblia, até a recente encíclica do Papa BentoXVI, “Deus é Amor”», explica o bispo Anthony Fisher, coordenador da JMJ ’08.

Igualmente, o boletim oferece o testemunho de fé de uma jovem mãe -- peregrina em uma recente JMJ --, a história do primeiro casal beatificado (Luigi e Maria Beltrame Quatrocchi (padroeiros da família, da missão do laicado e das gravidezes difíceis), e propõe como lugar de peregrinação Caná da Galiléia (agora Israel), onde Jesus festejou o matrimônio transformando a água em vinho e celebrou a família salvando a vida de uma criança.

A «edição» deste boletim de janeiro busca dar resposta a interrogantes como: É o sexo somente uma experiência de diversão? E o corpo, é somente um produto que se compra e se vende, que se usa e do qual se abusa? Quando a intimidade sexual é adequada? Devo ser sexualmente ativo para ser realmente feliz?
Como aponta o bispo Fisher, «existem muitas vozes no mundo moderno que dão sobre-importância ao sexo -- como se ninguém pudesse ser feliz sem ter tido relações sexuais nas últimas horas -- ou fazem dele um fato trivial ou reduzem seu imenso poder -- como se não houvesse outro significado humano além de qualquer outra função corporal».

«Mas em profundidade -- confirma --, a maioria das pessoas sabe que o corpo físico, a sexualidade e a fertilidade, são realmente coisas preciosas e importantes que podem ser utilizadas para expressar nossos impulsos mais nobres acerca das relações humanas, ou que podem, em outras instâncias, ferir e ser exploradas.»
De 15 a 20 de julho de 2008, a cidade australiana acolherá a JMJ que reunirá jovens de todo o mundo em torno do Papa. Será a primeira visita de Bento XVI à Austrália.

«Recebereis a força do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas» (Atos 1, 8) é o lema escolhido desta vez para a convocatória.

Site oficial (plurilíngüe) da JMJ’08: http://www.wyd2008.org.

Caça ao tesouro


Objectivo:
ajudar as pessoas a memorizarem os nomes umas das outras, desinibir, facilitar a identificação entre pessoas parecidas.

Para quantas pessoas: cerca de 20 pessoas. Se for um grupo maior, é interessante aumentar o número de questões propostas.

Material necessário: uma folha com o questionário e um lápis ou caneta para cada um.
Descrição da dinâmica: o coordenador explica aos participantes que agora se inicia um momento em que todos terão a grande oportunidade de se conhecerem.

A partir da lista de descrições, cada um deve encontrar uma pessoa que se encaixe em cada item e pedir a ela que assine o nome na lacuna.

1. Alguém com a mesma cor de olhos que os seus;
2. Alguém que viva numa casa sem fumadores;
3. Alguém que já tenha morado em outra cidade;
4. Alguém cujo primeiro nome tenha mais de seis letras;
5. Alguém que use óculos;
6. Alguém que esteja com uma camisa da mesma cor que a sua;
7. Alguém que goste de verde-abacate;
8. Alguém que tenha a mesma idade que você;
9. Alguém que esteja de meias azuis;
10. Alguém que tenha um animal de estimação (qual?).

Pode-se aumentar a quantidade de questões ou reformular estas, dependendo do tipo e do tamanho do grupo.

Obs.: A dinâmica foi tirada do subsídio “Dinâmicas em Fichas” - Centro de Capacitação da Juventude (CCJ) - São Paulo. Site na internet: http://www.ccj.org.br/

A família que tenho

ou
A família que gostaria de ter...

Objectivo:perceber as semelhanças e diferenças entre a família real e a desejada.


Material necessário: papel ofício e lápis.

Desenvolvimento:

- Grupo em círculo, sentado.
- Distribuir a cada participante uma folha de papel e lápis.
Solicitar que façam um traço no meio da folha, escrevendo de um lado “A família que tenho” e, do outro, “A família que gostaria de ter”.
- Pedir que descrevam, individualmente, sua família real e a desejada, nos locais correspondentes. Tempo.
- Formar subgrupos para discussão dos seguintes pontos:
- Que pontos em comum eu encontro entre a família que tenho e a que gostaria de ter?
- O que há de semelhante entre a família que tenho e as dos demais componentes do subgrupo?
- O que há de semelhante entre a família que eu e meus companheiros gostaríamos de ter?
- O que é possível fazer para aproximar a família real da família ideal?
- Plenário: apresentação das conclusões.


Fonte: Projecto Adolescência Criativa Olodum

0 tempo para Deus



Mas a oração não acontece apenas no encontro de catequese, As crianças e os adolescentes devem ser iniciados à vida de oração no seu quotidiano, dando algum do seu tempo a Deus. Aqui tem um papel importante a família.

A sociedade em que vivemos, sociedade de consumo, parece convencer-nos que o importante é o que é útil, o que «serve» para alguma coisa, o que é produtivo, o que é rentável. Acontece porém que a oração não dá dinheiro.

Além disso, acontece que as pessoas acham que o importante na vida é aquilo que dá prazer, dá gosto, apetece. Ora sucede que a oração geralmente é difícil, não atrai, obriga a um esforço.

Por tudo isto, é necessário que a catequese eduque as pessoas à oração como uma actividade gratuita e tantas vezes nada fácil. É verdade que, em termos de produtividade, é gratuita. Mas precisamos dela como do ar para respirar, pois nem só de pão e divertimentos vive o homem, mas também da Palavra de Deus.

As pessoas devem ser iniciadas à oração individual, feita sobretudo a partir da palavra de Deus. Os evangelhos devem tornar-se como que no livro de cabeceira do cristão, onde ele vai beber da água viva, tirando daí atitudes de vida nova.

Além da oração individual, feita no silêncio do quarto, há a oração comunitária, da qual a Eucaristia é o cume ou meta. Sublinha-se a importância da Liturgia das Horas, que é a oração da Igreja ao longo do dia.

Os 30 artigos da Declaração dos Direitos Humanos





Artº 1º - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos, dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros num espírito de fraternidade.

Artº 2º - Cada qual pode valer-se de todos os direitos e de todas as liberdades proclamadas na presente Declaração, sem distinção nenhuma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou de qualquer outra opinião, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não se fará qualquer distinção fundida no estatuto político, jurídico ou internacional do País ou do território a que pertencer qualquer pessoa, quer este País ou território seja independente, sob tutela, não autónomo ou submetido a uma limitação qualquer de soberania.

Artº 3º - Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança social.

Artº 4º - Ninguém será detido em escravatura ou servidão; a escravatura e trato dos escravos são proibidos sob todas as suas formas.

Artº 5º Ninguém será submetido à tortura, nem a castigos ou tratamentos cruéis, desumanos e degradantes.

Artº 6º - Cada qual tem direito a que lhe reconheçam em todos os lugares a sua personalidade jurídica.

Artº 7º - Todos são iguais perante a lei e têm direito sem distinção a igual protecção da lei. Todos têm direito a protecção igual contra toda a discriminação.

Artº 8º - Toda a pessoa tem direito a um recurso efectivo perante as jurisdições nacionais competentes contr os actos que viole os direitos fundamentais que lhes são reconhecidos pela constituição ou pela lei.

Artº 9º - Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido nem exilado.

Artº 10º - Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja ouvida equitativamente e publicamente por um tribunal independente e imparcial que decidirá, quer dos seus direitos e obrigações, quer do bem fundado de toda a acusação em matéria penal dirigida contra ela.

Artº 11º 1 - Toda a pessoa acusada de um acto delituoso se presume inocente até que a sua culpabilidade tenha sido legalmente estabelecida no decurso de um processo público em que todas as garantias necessárias à sua defesa lhe forem asseguradas.

2 - Ninguém será condenado por acusações ou omissões que, no momento em que foram cometidas não constituam um acto delituoso, segundo o direito nacional ou internacional. Da mesma forma não será infligida pena mais grave do que a que era aplicável no momento em que o acto delituoso foi cometido.

Artº 12º - Ninguém será objecto de intromissões arbitrárias na sua vida privada, na família, domicílio ou correspondência, nem de atentados à honra ou reputação. Toda a pessoa tem direito à protecção da lei contra tais intromissões ou atentados.

Artº 13º - 1 - Toda a pessoa tem direito de circular livremente e escolher a sua Residência no interior de um Estado.

2 - Toda a pessoa tem direito de abandonar qualquer país, inclusivamente o seu, e de regressar ao seu país.

Artº 14º - 1 - Perante a perseguição, toda a pessoa tem direito de buscar asilo e de beneficiar de asilo noutros países.

2 - Este direito não pode ser invocado no caso de perseguições realmente fundadas num crime de direito comum ou em actuações contrárias aos fins e aos princípios das Nações Unidas.

Artº 15º - 1 - Todo o indivíduo tem direito a uma nacionalidade.

2 - Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade.

Artº 16 º - 1 - A partir da idade núbil, o homem e a mulher, sem nenhuma restrição quanto à raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de se casar e de fundar uma família. Têm direitos iguais perante o matrimónio e aquando da sua dissolução.

2 - O matrimónio só pode ser contraído com livre vontade e pleno consentimento dos futuros esposos.

3 - A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e do Estado.

Artº 17º - 1 - Toda a pessoa quer sozinha, quer em colectividade, tem direito à propriedade.

2 - Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.

Artº 18º - Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião;

este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a sua religião ou convicção só ou em comum, tanto em público como em particular, pelo ensino, as práticas, o culto e a realização dos ritos.

Artº 19º - Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado por suas opiniões e o de buscar, de receber e espalhar, sem considerações de fronteiras, as informações e as ideias por quaisquer meios de expressão.

Artº 20 º - 1 - Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas.

2 - Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.

Artº 21º - 1- Toda a pessoa tem direito a tomar parte na direcção dos negócios públicos do seu país, quer directamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos.

2 - Toda a pessoa tem direito de acesso em condições de igualdade às funções públicas do seu país.

3 - A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos; esta vontade deve exprimir-se por eleições honestas que devem ter lugar periodicamente por sufrágio universal igual e voto secreto, ou segundo um processo equivalente que assegure a liberdade do voto.

Artº 22º - Toda a pessoa, enquanto membro da sociedade, tem direito à segurança social, esta baseia-se em alcançar a satisfação dos direitos económicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e a livre desenvolvimento da sua personalidade, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, consoante a organização e os recursos de cada país.

Artº 23º - 1 - Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do seu trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à protecção contra o desemprego.

2 - Todos tem direito, sem discriminação, a um salário igual por um trabalho igual.

3 - O que trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória que lhe garanta, bem como à família, uma existência conforme à dignidade humana, e completada, a dar-se o caso, por todos os outros meios de protecção social.

4 - Toda a pessoa tem direito de fundar, com outros, sindicatos e de se filiar em sindicatos para a defesa dos seus interesses.

Artº 24º - Toda a pessoa tem direito ao repouso e ao descanso e, nomeadamente, a uma limitação razoável da duração do trabalho e a feriados pagos periódicos.

Artº 25º - 1 - Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para assegurar a saúde, o seu bem-estar e o da família, nomeadamente quanto à alimentação, o vestuário, a habitação, a assistência médica, assim como quanto aos serviços sociais necessários; tem direito à segurança em caso de desemprego, de doença, de invalidez, de viuvez, de velhice ou nos outros casos de perda dos seus meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade.

2 - A maternidade e a infância tem direito a uma ajuda e uma assistência especiais. Todas as crianças, nascidas quer no matrimónio, quer fora dele, gozam da mesma protecção social.

Artº 26º - 1 - Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos no que concerne ao ensino elementar e fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto e plena igualdade a todos em função do seu mérito.

2 - A educação deve visar ao pleno desabrochamento da personalidade humana e ao reforço do respeito dos direitos do homem e das liberdades fundamentais. Deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, assim como o desenvolvimento das actividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.

3 - Os pais têm, por prioridade, o direito de escolher o género de educação a dar aos seus filhos.

Artº 27 º - 1- Toda a pessoa tem direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, de cultivar as artes e participar no progresso científico e nos benefícios que dela promanam.

2 - Cada qual tem direito a protecção dos benefícios morais e materiais que deriva de toda a produção científica, literária ou artística de que é autor.

Artº 28º - Toda a pessoa humana tem direito a que reine, no plano social e no plano internacional, uma ordem tal que os direitos e liberdades enunciados na presente Declaração possam encontrar pleno efeito.

Artº 29º - 1 - O indivíduo tem deveres para com a comunidade onde somente o livre desenvolvimento da sua personalidade é possível.

2 - No exercício dos seus direitos e no gozo das suas liberdades, cada qual só está sujeito às limitações estabelecidas pela lei exclusivamente em vista de assegurar o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades de outrem, e a fim de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar geral numa sociedade democrática.

3 - Estes direitos e liberdades não poderão em caso algum exercer-se contrariamente aos fins e aos princípios das Nações Unidas.

Artº 30º - Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como implicando para um Estado, um grupo ou indivíduo, um direito qualquer para se entregar a uma actividade ou praticar um acto que vise à destruição dos direitos e liberdades nela enunciados.

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Actividades para quem quer descobrir o que sente


Hoje apresento aqui algumas actividades simples que permitem aos catequizandos/jovens descobrirem o que sentem. As informações servem para conhecê-los melhor, o que ajuda na aprendizagem. Só não vale analisar psicologicamente o que eles dizem.

1. O que vejo e o que sinto
Objectivo: Provocar no aluno a reflexão sobre o estado de espírito dos outros por meio de hipóteses. Pensar sobre como alguém se sente é pressuposto para acções generosas.

Aplicação: Seleccione em jornais e revistas, fotos de situações opostas - pessoas em um parque, por exemplo. Prefira as que não mostrem o rosto. Peça para os alunos analisarem e descreverem o que estão vendo e pergunte como acham que essas pessoas estão se sentindo.

2. Jogo das cadeiras
Objectivo: Estimular o estudante a reflectir sobre como agiria em situações diversas. Desafiá-lo a sustentar opiniões e expor o que pensa e sente, mesmo que isso seja constrangedor no começo. Desenvolver o auto-conhecimento (ao fazer isso, ele consegue estabelecer relações com os sentimentos dos outros).

Aplicação: Posicione quatro cadeiras em torno de uma mesa.
Prepare quatro envelopes, cada um com cinco frases, que podem ser sobre atitudes.

(Quando vejo uma briga eu...) ou sentimentos (Fico triste quando...)

Numere as cadeiras de um a quatro. Cada número corresponde a um envelope.
Quem discordar dele deve se levantar, completar a frase com a sua opinião e retornar à mesa somente ao concordar com alguma afirmação, numa próxima rodada.

Fonte: A Construção da solidariedade e a educação do sentimento na escola. Editora Mercado de Letras.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

A construção colectiva do rosto


Objectivos: Fazer com que os membros do grupo sintam-se à vontade uns com os outros.

Aplicação:

a) Orientar os participantes para sentarem em círculo;
b) O assessor distribui para cada participante uma folha de papel sulfite e um giz de cera;
c) Em seguida orienta para desenhar o seguinte:
- uma sobrancelha somente;
- passar a folha de papel para as pessoas da direita e pegar a folha da esquerda;
- passar novamente;
- desenhar um olho;
- passar novamente;
- desenhar o outro olho;
- passar a direita e... completar todo o rosto com cada pessoa colocando uma parte (boca, nariz, queixo, orelhas, cabelos).

d) Quando terminar o rosto pedir à pessoa para contemplar o desenho;
e) Orientar para dar personalidade ao desenho final colocando nele seus traços pessoais;
f) Pedir ao grupo para dizer que sentimentos vieram em mente.

Fonte: A Construção da solidariedade e a educação do sentimento na escola. Editora Mercado de Letras.

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

A simplicidade e a alegria



Na parábola do fariseu e do publicano (Cfr. Lc 18,9-13), a oração do publicano foi a mais simples, pois apenas dizia: «Tem piedade de mim que sou pecador». Mas foi ele quem se sentiu feliz e voltou para casa justificado.

Somos convidados a aprender a rezar com simplicidade, na certeza que as coisas do Reino são percebidas geralmente muito melhor pelos pequenos e simples, do que pelos muito instruídos: «Escondestes estas coisas aos sábios e prudentes e as revelastes aos pequeninos».

Embora não vejamos a Deus, sabemos que ele nos vê, nos conhece pelo nosso nome, ama-nos com um amor sem igual. Dizer que ele nos ama como um pai é uma forma muito pobre de dizer o seu amor, porque a sua ternura para connosco é grande. Não o vemos, mas sabemos que está presente de uma maneira não visível.

A este Deus, com toda a simplicidade e alegria de nos sentirmos amados, dirigimos a nossa oração confiante, feita por Jesus Cristo, seu amado Filho, e animados pelo Espírito Santo.

Encontramos na Bíblia e na história dos cristãos muitos modelos de oração. Homens e mulheres que na simplicidade e na alegria rezaram a Deus como se vissem o invisível.

Maria de Nazaré com simplicidade escuta a Deus e diz «sim» ao seu projecto. Com alegria louva-o porque ele fez maravilhas.

Os cegos e os surdos, os coxos e os leprosos, na sua simplicidade só sabem dizer: «Tem piedade de mim, Senhor!»

Teresa de Jesus passou vinte anos de aridez espiritual, de secura, de falta de gosto pela oração. Mas continuou a acreditar na presença de Deus: «0 verdadeiro amante em toda a parte ama e sempre se recorda do seu amado. A oração mental não é senão tratar de amizade, estando muitas vezes a sós com quem sabemos que nos ama».

0 Cura de Ars, na sua simplicidade, dizia: «Ele olha para mim e eu olho para ele». E ficava durante muito tempo na capela a contemplar o sacrário.

Na catequese, esta atitude de simplicidade e alegria pode ser favorecida das seguintes formas:

- ensinar a fazer orações expontâneas;

- fazer orações a partir de jaculatórias: «Jesus, eu amo-te» ... - recitar lentamente o Pai nosso;

- intercalar a palavra para com a música, cantando algum refrão;

- Dar importância aos símbolos, à luz e às flores;

- utilizar orações dos livros, mas sem exagerar.


Que a sessão de catequese ou Encontro seja verdadeiramente uma escola de oração.

0 silêncio e a escuta


«Entra no silêncio do teu quarto» (Mt 6,6) e escuta a voz do Senhor que bate à tua porta.

Para rezar é preciso, antes de mais, criar um «clima» saudável que permite a pessoa escutar-se a si própria e escutar a Deus, entrando em diálogo interpessoal com ele. Neste silêncio interior a palavra de Deus ressoa em nós e do nosso coração brota uma resposta de amor.

Este silêncio interior custa muito, mas é necessário. Temos de nos esvaziar de toda a espécie de palavras e sensações, de imagens e sons, pois vivemos num ambiente onde tudo convida à dispersão. Mas a oração exige este silêncio de interiorização. Precisamos de fugir para o deserto, onde Deus fala ao nosso coração. Estaremos dispostos a deixar a superficialidade, a dispersão, a preocupação com tantas coisas, para fazer deserto mesmo no meio da cidade e pensar no Senhor que nos ama muito e nos quer comunicar a sua mensagem de amor?

«Quando rezardes, não digais muitas palavras, como os pagãos que pensam ser escutados só porque dizem muitas palavras». (Mt. 6,7) Mais que falar, o importante é escutar no silêncio. Já Moisés recomendava ao povo de Israel que se colocasse numa atitude de escuta: «Escuta Israel!» (Dt 27,9) E o jovem Samuel insistia: «Fala, Senhor, que o teu servo escuta». (1Sam 3, 10)

Na catequese, este silêncio interior em atitude de escuta pode ser favorecido das seguintes formas:

- escutar em silêncio um texto musical apropriado;

- fazer exercícios de silêncio escutando os ruídos exteriores e o pulsar da vida em nós;

- contemplar um círio aceso, um ícone ou um poster apropriado;

- fazer uma série de respirações profundas, enquanto se conta mentalmente até dez;

- contemplar um crucifixo;

- repetir muitas vezes e devagarinho: «Vem, Espírito do Senhor»;

- fechar os olhos por alguns momentos.


Estas são algumas das formas práticas que podem ajudar o grupo a entrar na oração. Mas a imaginação e a criatividade dos catequistas encontrarão outras ainda melhores.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Reflexão da Quaresma [3]

Tira cinco minutos do teu dia para prestares atenção a estas simples palavras. Elas podem dar-te outro sentido ao teu dia, à tua semana, à tua quaresma, e até mesmo à tua vida!

Aceita este desafio, garanto-te que estes cinco minutos não serão em vão, ( contudo se tiveres uma opinião diferente o que são cinco minutos em 24 horas?)

Quaresma 2006, Um caminho...

Falamos de quaresma, de jejum, de penitência e até de cinzas (na quarta-feira de cinzas) mas o que é que isso implica na tua vida? Como implica a tua vida?


§ O jejum que Deus quer:

» Que não faças gastos desnecessários e que compartilhes as teus excedentes com os pobres;
» Que prefiras passar necessidade em vez do teu irmão;
» Que ofereças o teu tempo a quem to pede;
» Que prefiras servir a ser servido;
» Que tenhas fome e sede de Justiça;
» Que te comprometas na luta contra a marginalização;
» Que esperes de cada dia uma nova humanidade;


§ A Abstinência que Deus te pede:

» Que não sejas escravo do consumo, do sexo, das marcas e das modas, nem de nada;
» Que não deixes que a televisão ou o computador te roubem tempo para estar com os demais;
» Que não utilizes a violência, inclusive a verbal, como forma de resolver os problemas;
» Que respeites todos os seres, amando e defendendo a vida;
» Que não fales por falar, mas que a palavra de Deus te encha as tuas medidas;

§ A cinza que Deus quer:

» Que não te consideres dono de nada, mas somente um humilde administrador;
» Que não sejas presunçoso quanto aos teus talentos, mas que os ponhas ao serviço dos demais;
» Que não te aches santo porque “Santo” é só um o nosso Deus;
» Que não te deprimas nem te acobardes, porque Deus está contigo;
» Que aprecies o valor das coisas sensíveis;
» Que não temas a dor ou a morte porque a Páscoa é sempre.


Ao fim e ao cabo, o pobre é o egoísta.
Os pobres que nós conhecemos ou dos quais ouvimos falar são os que não tem comida, tecto ou roupa.
Para nós um pobre é uma pessoa que está na rua, pedindo dinheiro, alguém para quem um pedaço de pão é a vida.

Como estamos enganados!!!

Existe outra classe de pobres: os pobres de coração e de espírito.
Estas pessoas são aquelas que só vêem o seu umbigo, que não são capazes de amar os outros, enfim que apartaram Deus de suas vidas…
Esta pobreza é muito mais complicada de resolver porque depende de nós mesmos.

Proponho-te agora que gastes mais um tempito (agora ou mais tarde) dando tempo a ti próprio e se achares por bem rezares a tua vida

(se quiseres podes seguir a sujestão da oração seguinte)
Oração

Senhor, estamos como que adormecidos,
Cada um só olha para si, para os seus projectos, para as suas coisas.
E não ouvimos os gritos dos homens.
E não vemos a tristeza dos meninos esfomeados ou remetidos para a rua.
Já não nos impressiona a falta de sentido de muitos jovens que vagueiam pelas nossas ruas.
Já não nos faz impressão a cara silenciosa do mendigo que pede à nossa esquina.
Faz-nos Senhor, com que sejamos solidários, com aqueles que não têm a sorte de viver tão bem como nós.
Faz-nos Senhor, generosos e capazes de partilhar com os que necessitam.
Faz-nos sensíveis ao sofrimento dos demais.

Boa quaresma, isto é: boa caminhada de vida à luz da palavra de Deus revelada nas escrituras e no nosso próximo que caminha a nosso lado ou se cruza conosco nas pedras da calçada...
São os votos de caminhada nesta quaresma...
(alguém que convosco caminha em oração!)

Susana Bilber

Reflexão da Quaresma [2]

Assim começa o filme a “Paixão de Cristo”, aí parece que começou a Hora. Antes estaria no Deserto como nós agora, antes teria estado no Encontro a sós com Ele e com o Pai e ao voltar ao mundo… despede-se dos seus amigos, deixa-lhes mensagens de paz e de amor. Dá-se aos seus em Corpo e Sangue. E promete-lhes que jamais os deixará sós, órfãos.
Que conforto no seu olhar apesar de trémulo de emoção. Que seguro estava o seu coração aos falar-lhes em voz mansa, que comovidos ficaram quem o ouviu.

Que comovida fico eu ao ouvi-lo baixinho, ao reviver na Eucaristia esta Ceia Pascal. Que alegria sinto por estar a caminhar no Deserto, ao Encontro da Sua voz que me chama. Espero vê-lo a acenar-me depois da duna, desejo ardentemente que me convide para sentar junto a Ele e em silêncio trocarmos Vida.

Ajoelho-me perante a cena do Getsémani, debaixo de uma oliveira e escuto os lamentos do meu Senhor, acolho com o coração apertado as Suas palavras, as Suas lágrimas, a Sua entrega e clamo com Ele ao Pai na minha vida: “Pai, nas Tuas mãos entrego este Cálice. No entanto, não se faça a minha vontade, mas a Tua Vontade Senhor Meu Deus”.

Relembro os Encontros com os discípulos (com os que cruzam os meus caminhos e ruas, Sta Catarina, os companheiros do Metro, do Comboio, do gabinete, das casas do Bairro onde trabalho, dos meus mais que tudo com quem partilho a Fé e a Vida), com a Cruz (dificuldades e obstáculos que tantas vezes não sei como levar ou ultrapassar), com a Mãe, Maria (com a minha Maria que tantas vezes me acolhe em silêncio quando chego a casa cansada e desanimada, que tantas vezes partilha também das minhas risadas e felicidade), com o Simão, de Cirene (esse que também encontro e me fala nos meus dias, às vezes não tem um só nome, não é a mesma pessoa, mas que sei que me foi enviada para me ajudar a Caminhar, a encontrar soluções, a não desistir), com o benfeitor e o malfeitor (estes expressos tantas vezes nas minhas semanas, expressos em indivíduos ou comportamentos, em mim mesma), Encontro com Maria e João (a família, os amigos, aqueles que ensinam a crescer na Alegria e na Dor, mas que estão sempre perto), com o Pai (que tantas vezes me ouve e me espera pacientemente, que aguarda minha conversa enquanto me sonda).

Vivamos a Quaresma e a Caminhada para a Ressurreição com serenidade e sedentos da Sua Presença.

PAX ET BONUM na reflexão do amor de Cristo,

Susana Bilber

Reflexão da Quaresma [1]

Com a imposição das cinzas, inicia-se uma estação espiritual particularmente relevante para todo cristão que se quer preparar dignamente para viver o Mistério Pascal.

Este tempo vigoroso do Ano litúrgico caracteriza-se pela mensagem bíblica que pode ser resumida numa palavra: " matanoeiete", que quer dizer "Convertei-vos". Este imperativo é proposto à mente dos fiéis mediante o austero rito da imposição das cinzas, o qual, com as palavras "Convertei-vos e acreditai no Evangelho" e com a expressão "Lembra-te de que és pó e para o pó voltarás", convida a todos a refletir sobre o dever da conversão, recordando a inexorável caducidade e efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.

A sugestiva cerimônia das cinzas eleva as nossas mentes à realidade eterna que não passa jamais, Deus; princípio e fim, alfa e ômega da nossa existência. A conversão não é, com efeito, nada mais que um voltar a Deus, valorizando as realidades terrenas sob a luz da sua verdade. Na Quarta-feira de Cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior. Esta tradição da Igreja ficou como um simples serviço em algumas Igrejas protestantes como a anglicana e a luterana. A Igreja Ortodoxa começa a quaresma desde a segunda-feira anterior e não celebra a Quarta-feira de Cinzas.

Nos primeiros séculos, não havia um período de preparação para a Pascóa, limitando-se ao jejum nos dois ou três dias precedentes. O Historiador Sócrates († 439) atesta pela primeira vez para o século IV, um tempo de preparação da Pascóa de três semanas de jejum, excepto sábados e domingos. Depois do Vaticano II, a Quaresma foi reformada segundo os critérios da Sacrosanctum Concilium, que indicou o seu sentido fundamental: "do tempo quaresmal, que pretende, sobretudo através da recordação ou preparação do Baptismo e pela Penitência, preparar os fiéis, que devem ouvir com mais frequência a Palavra de Deus e dar-se à oração com mais insistência, para a celebração do mistéio pascal". (n.109)

A Quaresma vai desde a Quarta feira de Cinzas até à Missa da Ceia do Senhor exclusive.Este ano litúrgico (ano B), terá um itinerário cristocênctrico-pascal que orienta a nossa atenção para a Pascóa de Cristo. A Quaresma é assim um "sacramento", um "sinal sagrado". A Quaresma no seu conjunto de palavra que anuncia os acontecimentos da salvação, orações, ritos e práticas escéticas, é um grande sinal sacramental, mediante o qual a Igreja participa no mistério de Cristo que por nós realiza a experiência do deserto, jejua, sai vitorioso da tentação, escolhendo o caminho de servo humilde e sofredor até à cruz.

Neste tempo somos convidados a colocar de parte tudo o que é secundário para a nossa vida para verfificar até que ponto nós somos deste mundo ou do outro, ou seja, para termos em conta as nossas capacidades de deixar o que nos prende e limita o nosso caminho de atingir a Deus, caminho verdade e vida.


Nuno Monteiro

Festa do Divino Salvador 2006

2006, 5 de Agosto

A Festa da Transfiguração, faz-nos reviver um acontecimento importante da vida de Jesus, com reflexos na nossa vida.
Situada antes do anúncio da Paixão e da Morte, a Transfiguração foi uma manifestação da vida divina, que está em Jesus. A luz do Tabor é, porém, uma antecipação do esplendor, que encherá a noite da Páscoa. Por isso, os Apóstolos, contemplando a glória divina na Pessoa de Jesus, ficaram preparados para os dolorosos acontecimentos, que iriam pôr à prova a sua fé. Vendo Jesus na Sua condição de servo, já não poderão esquecer a Sua condição divina.
A Transfiguração encerra também uma promessa – a da nossa transfiguração. Jesus, com efeito, fez transparecer na Sua Humanidade a glória de que resplandecerá o seu Corpo Místico, a Igreja, na Sua vinda final.
A nossa vida cristã é, pois, um processo de lenta transformação em Cristo. Iniciado no nosso Baptismo, completa-se na Eucaristia, «penhor da futura glória», que opera a nossa transformação, até atingirmos a imagem de Cristo glorioso.

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Assim começou a nossa caminhada pelas 21h15, junto à Igreja Matriz. Éramos 25 paroquianos que nos reunimos para mais uma vez dar início aos festejos simples da Festa do nosso padroeiro, o Divino Salvador.

Já há 3 anos que celebramos este dia, que coincide (dia 6) com a festa da Transfiguração do SEnhor, com caminhadas a locais cujo padroeiro seja também o mesmo. Este ano elegemos a Capela do Divino Salvador em Valadares.
Chegamos lá pelas 23h30, com uma noite estrelada e abafada a conduzir-nos. Até lá cantou-se, meditou-se, conversou-se com os diferentes caminhantes...
E quando lá chegamos surpreendemente tínhamos um grupo de jovens, o "Onda de Deus" à nossa espera! Grande acolhimento! Como nunca tivemos. Receberam-nos com sorrisos, canções de louvor, com viola e boa disposição. Tivemos um momento de oração preparado por eles e neste nos ofertaram um Cajado do peregrino agradecendo o gesto de peregrinar até à sua comunidade.

Aqueles irmãos serviram-nos depois, num momento de convívio, um lanche saboroso que tinham em mantas no relvado da capela.Foi um bom fim de noite, trocando impressões e experiências.

Gostei mesmo muito. Agradeço ao Pai por este dia, em que se decidiram coisas importantes e em que louvamos com algum sacrificio e alegria, o Divino Transfigurado na Luz.

Até uma próxima Caminhada,
Assim a Ele chegaremos!

Susana Bilber

Encerramento do ano catequético

2006, 2 de Julho

O Domingo começou cedo e após a Eucaristia segui com os meus adolescentes do 9ºano para o Encontro da Catequese, no Parque da Lavandeira. Lá encontramos mais crianças, não tantas como seriam de esperar! Também lhes era proporcional, o número de catequistas, que também estavam em grande falha!

Visitamos o parque, descobrimos preciosidades da Irmã Natureza, esticamos-nos nas espreguiçadeiras, esperamos pelo SOl e almoçamos. íamos sendo visitados pelos animadores do Parque, uns andarilhos e uns palhaços que entretiveram os mais pequeninos.

Uns jogaram cartas, outros badmington,outros bola - ás escondidas do guarda do parque - foi um dia bem passado, tranquilo.
Será para repetir, mas com mais compromisso de todos para a próxima!

Susana Bilber

Oração por Portugal

Majestade Divina, Senhor da vida e da morte, dos que Vos amam e dos que Vos perseguem!

Por intercessão da Santíssima Virgem de Fátima, Rainha da paz e nossa Mãe, dos Pastorinhos Lúcia, Francisco e Jacinta e da Beata Alexandrina que tanto amou Portugal, pedimo-Vos que não deixeis que a nossa Pátria, onde Maria ergueu o seu Trono, venha a ser dominada e destruída por obra dos seus inimigos.

Enviai os Vossos Santos Anjos a todos os locais da nossa Terra e permiti que eles possam desenvolver as suas potências em todos os seus recantos para que o inimigo não venha a triunfar nesta Terra de Santa Maria.

Nós queremos formar um exército de almas que rezam para que Vós, Deus Uno e Trino, estendais a Vossa Mão poderosa sobre este povo que é de Maria, nossa Mãe.

Fazei, ó Deus, que as nuvens tempestuosas que pairam sobre a humanidade e tendem a espalhar-se e submergir a nossa Pátria, sejam afastadas.

Só Vós podeis salvar-nos! Vinde depressa socorrer-nos, Senhor!

Pela Vossa graça e especial protecção da nossa Padroeira Maria Imaculada e do Anjo Custódio de Portugal, fazei, ó Deus, que a nossa Terra nunca venha a ser aniquilada pelo inimigo.

Deus Santo, Deus Forte, Deus Todo-Poderoso: em união com todos os Santos Anjos pedimo- Vos auxílio e Bênção para a nossa Pátria.

Amen.

Irei contigo, Senhor

Tenha a idade que tiver;
irei contigo, Senhor,
como os jornaleiros
que foste buscar à praça,
a várias horas do dia,
para que trabalhassem no campo
que Te pertence.

Irei contigo, Senhor,
mesmo que o mundo
não compreenda ou despreze
os que se entregam inteiramente a Ti.

Irei contigo para prosseguir
a obra que começaste
e queres que todos nós, membros Teus,
levemos a bom termo.

Irei contigo, prontamente,
como Pedro e André,
como Tiago e João,
os quais deixaram as redes
e, despedidos do pai,
se consagraram para sempre e sem recuo
a Ti e À Tua causa.

Irei contigo,
sem procurar outro prémio
senão Tu e o Teu amor.

Irei contigo, Senhor.
Ámen.

O tempo da novidade - 4ª feira de cinzas

Para todos nós
que estamos de tal modo
habituados a tudo,
ao amor, à fé e à solidariedade,
a Deus e aos outros,
e a quem já nada surpreende:
Quaresma!

Para todos nós
que pensamos saber tudo
e nada ter a receber
porque fizemos
a experiência de todas as coisas:
Quaresma!

Para todos nós
que estabelecemos o catálogo
das pessoas a amar
e daquelas a quem desprezar:
Quaresma!

Para todos nós
que fizemos a lista
dos gestos a fazer,
dos ritos a executar
e das palavras a pronunciar
para ser um cristão de bom tom:
Quaresma!

Cristo vem arrancar a nossa existência
do desgaste e do descalabro.
Com Ele, numa caminhada de 40 dias,
o Evangelho ressoa como uma palavra nova,
uma notícia que quebra
as velhas crostas
dos nossos comportamentos.
Nele, numa caminhada de 40 dias,
o rosto de Deus aparece-nos
e também, misteriosamente, o rosto
que o homem é chamado a revestir.
Por Ele, numa caminhada de 40 dias,
cria-se uma relação entre Deus e nós,
uma íntima aliança.
Graças a Ele, numa caminhada de 40 dias,
o amor de Deus revela-se
à nossa admiração.
No final de 40 dias,
espera-se que tudo esteja renovado.
Não podemos viver de outro modo
senão pondo em prática
aquilo que Cristo, nosso irmão quotidiano,
nos foi ensinando
com a sua vida e morte,
e com o seu amor.

De facto, a caminhada de 40 dias
marca o início da Ressurreição
pois começa para nós o nosso segundo nascimento!"

Esta Oração foi anotada do fantástico site que não podem deixar de visitar: www.edisal.salesianos.pt
Vale a pena passar por lá tem muitos apontamentos que nos podem ajudar.

Enviada por: Susana Bilber

Reunião Ampliada 2006

Data: 5 de Agosto de 2006
Local: Salão da Confraria do Monte da Virgem

Presentes: Pe Albino, representantes de cada grupo de serviço pastoral na paróquia (catequese, leitores, acólitos, MEC, grupos corais, equipa de preparação dos baptismos, conselho económico, conselho pastoral, Comunidade das Irmãzinhas da Assunção, Apostolado de oração, Conferências de S.Vicente de Paulo, momento Yadah, Jovens de Betel, Jovens Nahar, Caminho Neo-catecumenal)

Nº total de paroquianos: 37
A secretariar: Nuno Monteiro e Susana Bilber
A moderar: Pe Albino Reis

Pelas 8h30 começaram a chegar ao local os primeiros paroquianos. Após breve acolhimento seguiu-se a oração da manhã a ter início pelas 9h00. Neste momento também foram apresentados os objectivos gerais desta reunião: - Avaliar como decorreu o ano pastoral transacto, - Planear algumas actividades para o próximo ano pastoral 2006-2007, - Avaliar o triénio de 2002-2003 a 2006-2007 (uma vez que a nível de paróquia havia um projecto pastoral para estes 3 anos).
O Pe Albino relembrou que o tema é “Crescer em Sabedoria e Graça diante dos Homens”, o Lema: “Conhecer para unir, crescer para servir”, a prioridade: “ Formação permanente e Catequese” e os objectivos são: “Formação à comunidade” e “Formação específica para cada ministério ou serviço”.

Seguidamente apresentou a ordem e trabalhos do dia:

8:30 Acolhimento
9:00 Oração inicial
9:30 Trabalho de Grupos
10:30 Pausa para lanche
10:40 Plenário do Trabalho Avaliativo dos Grupos
12:00 Almoço
14:00 Reinício dos Trabalhos de Programação
16:15 Plenário
17h30 Oração final

9:30 Trabalhos de Grupo, realizado por 6 grupos
Com avaliação do ano pastoral segundo o método: 3 aspectos positivos, 3 aspectos negativos e 3 aspectos / momentos / actividades que deveriam ter acontecido e não aconteceram.

10:30 Pausa para Lanche
10:45 Plenário do Trabalho de Grupos:


Aspectos Positivos:
o Formação aos ministérios
o Esforço em melhorar as reuniões de catequistas, com formadores internos e externos à paróquia
o As diversas conferências
o Os momentos de convívio na paróquia que contribuíram para a união dos paroquianos
o Participação dos ministérios no Mês Mariano
o Passeio Paroquial
o Dia Paroquial do Doente
o Criação do grupo de Jovens e a muita participação jovem nas actividades paroquiais e extra-paroquiais.
o A paróquia está a trabalhar em unidade. Nota-se um maior relacionamento entre os vários centros da paróquia.
o A aquisição do terreno da Vila D’Este para construir a capela deste Centro.
o Maior participação dos pais nas festas da catequese.
o Encerramento do ano da catequese no Parque da Lavandeira
o Cedência da casa da D.Margarida ao serviço da paróquia
o Formação do grupo da Comissão de obras no Centro de Balteiro
o Celebração do dia 12 de Maio – procissão e eucaristia
o Profissão da Fé, separada da Festa de N.Sra do Rosário


Aspectos Negativos:
o Falta de civismo dos pais nas festas da catequese
o Fraca escolha de formadores para as formações que ocorreram, deveríamos escolher melhor os formadores de acordo com os objectivos que pretendemos em casa serviço/ministério
o Falta de interesse / compromisso dos paroquianos nas actividades/momentos, pouca presença o É difícil a deslocação física dos paroquianos para as formações, pois não há transportes.
o Falta de organização na festa da Candelária
o Pouca participação na meditação da Via-Sacra
o A festa de Natal da catequese foi um pouco confusa a nível de organização, de longa duração, e num espaço físico pequeno. Também houve pouca resposta por parte dos catequistas, a nível de planeamento da própria festa. E alguns números apresentados não seriam apropriados para as crianças e jovens.
o Falta de participação das crianças, catequistas e pais nas Celebrações Eucarísticas
o Má preparação dos Acólitos, poderá ficar a dever-se
o Os MEC na sua maioria são já de idade muito madura, há falta de pessoas jovens neste serviço. o Pouca organização no final do ano catequético
o Falta de responsabilidade do Conselho Pastoral, este não cumpre as funções que lhes compete. Não se implica nas actividades.
o Secretariado da Catequese não transmite a tempo as informações aos catequistas
o Mantém-se a falta de espaços físicos da catequese, nomeadamente em Balteiro
o Nos avisos da catequese aos pais, poderiam ter mensagens bíblicas/de formação para os pais, não se cingindo apenas à informação das actividades da catequese.


Aspectos que deveriam ter acontecido e não aconteceram:
o Fazer a escala de acólitos na Igreja Matriz – ressalva-se que apenas não foi apresentada nos meses (Junho e Julho), segundo disse o responsável
o Fazer a pastoral de acolhimento aos imigrantes
o Fazer mais momentos de oração na comunidade
o Comemorar dignamente a Festa do Padroeiro da Paróquia, do Divino Salvador
o Formação bíblica
o Não cumprimento de algumas actividades planeadas na reunião ampliada paroquial no ano anterior
o Maior participação na Semana da Liturgia
o Formar mais equipas de acolhimento para trabalhar na Pastoral da Família
o Maior implicação na Pastoral da Saúde e na Pastoral Sócio-Caritativa
o Formação do Secretariado Juvenil Paroquial
o Falta de divulgação e participação da Celebração do Crisma, com formação para pessoas com caminhada extra-caminhada catequética, que queiram receber o Sacramento. – o Pe Albino alega que a formação em Canelas foi divulgada, e só apareceram 3 pessoas.
o Planear e Organizar melhor o encerramento do final do ano catequético
o Planear um passeio/ momento de convívio para os catequistas
o Falta de planeamento do mês de Agosto, em alguns centros de culto.

14:15 Reinício dos Trabalhos de Programação
Apresentação do planning 2006-2007, a ver em anexo. Esta apresentação inicial foi tendo em conta as propostas do Pe Albino.


14:50 Início do Trabalho de Planificação dos Grupos/ Serviços/ Ministérios
16:15 Plenário


Sugestões e Informações dadas:
o O Sr Américo frisou acerca da formação geral e específica dos paroquianos. Alertou que muitos paroquianos participam em formações extra-paroquiais, e poderiam depois formar paroquianos. o Acerca dos transportes, alertou-se para a partilha dos lugares em carros de particulares, observando este gesto como união fraterna.
o Se avançarmos para a Pastoral da Saúde, a visita aos Doentes vai necessitar de mais MEC’s e portanto deverá haver mais pessoas a serem propostas ao Bispo.
o Há que avançar para a Pastoral Sócio-Caritativa, implicando também os jovens nestes serviços.
o Na planificação, tentar não agendar nada para as 4ªs feiras, uma vez que serão noites prováveis para Curso Bíblico
o Na semana anterior ao Natal, os Jovens de Betel realizarão a sua habitual Venda de Natal.
o Todas as 4ªs feiras de Maio, os Jovens de Betel animarão a meditação do Terço no seu Centro de culto
o O grupo de jovens do Betel reúne aos primeiros e terceiros Domingos do mês, pelas 10h30.E às segunda e quarta semana de cada mês, reúne às 4ªsf, pelas 21h30.
o O grupo de jovens Nahar reúne todas as sextas-feiras pelas 21h30.
o A cada terceiro fim-de-semana de cada mês, o grupo de Jovens Nahar anima as Celebrações Eucarísticas, rotativamente pelos diversos centros de culto.
o Após a Missa em Balteiro, das 10h-11h30, haverá Adoração ao Santíssimo
o Na reunião dos Compassos, sugere-se que convidem também mulheres
o Nas celebrações especiais, sugere-se que participem todos os coros da paróquia
o No mês de Maio, os catequistas ficam responsáveis por dinamizar com os diversos anos catequéticos, um dia de meditação do Terço.

17h30 Oração final

Ida aos Gerês com os Jovens Nahar

2006, Julho

O dia foi pleno, com a malta jovem cá da terra, rumamos cedo para o Minho. A manhã prometia ser quente e as paisagens esverdejantes fresquinhas.
O cafézinho com os Jovens Nahar foi tomado numa ruinha perto da Sé de Braga. Revisitamos este espaço, os seus claustros, o seu pequeno jardim interior.
Subimos depois ao Sameiro para ver as neblinas matinais e tirar umas fotos.
No Bom Jesus, foi a força de braços que prevaleceu. Há anos que não andava de barco a remos.E entre chapinanços, contratempos, batidas noutros barcos, e desenvolvimento do profissionalismo de remadoras aprendido rapidamente, conseguimos chegar a bom porto! LOL
Deu para ver que o trabalho de equipa demora a concertar-se mas vale a pena! Nem que seja para remar e deixar de andar em círculos! :)

Seguimos para o Gerês, para lugar de Amares, junto a N.Sra da Abadia. Aí após um trilho montanhoso e íngreme descobrimos as lagoas de água gelada!
Adoramos a água apesar da sua gélida temperatura, e o facto das rochas estarem imensamente escorregadias! Foi de rir!
O momento de pachorrice e conversa também foi apreciado.
Aproveitamos para contemplar aquilo que de bonito Deus nos deu na Natureza.

E seguiu-se viagem curva contra curva procurando uma Porta Aberta para a Adoração do Bom Deus. Paramos em S.Bento. Confesso que vendo tanta gente e comércio após um dia destes me fez uma certa confusão. Mas valeu a pena ir lá para ver a nova basílica. Tem uma arquitectura diferente, muito bonita, assemelha-se a um templo tibetano. Soa a Oriental e é todo envidraçado permitindo além do altar ver os montes verdes. Gostei muito.
O regresso a casa foi... sonolento. Estavamos cansados de um dia de convívio. Mas valeu a pena.
É de dar os parabéns a estes jovens que se têm esforçado por dar bom nome à nossa paróquia servindo-a em diversos momentos. Era um dia de descanso que estavam a merecer! :)

Susana Bilber

Passeio Paroquial

2006, 9 de Julho

Ontem acordei com as galinhas, às 5h50 para estar pronta a entrar num passeio longo que só me traria à minha cama perto da meia-noite. 150 pessoas muito animadas e um calor tórrido me esperavam para um dia de passeio paroquial!

Partida para a Aguiar da Beira, para o Santuário de N.Sra da Lapa em Lamego. A Eucaristia na aldeia soube muito bem, uma igrejinha típica de azulejos, cheiro a madeira e água benta, como a das aldeias dos meus avós. A seguir passar por entre as fendas da gruta onde se aloja a imagem da Santa. Dizem que quem conseguir passar por entre as fendas, não terá pecados graves. Resta dizer que ninguém ficou encarcerado, mas houve sérias ameaças LOL

A aldeia junto à Nascente do rio Vouga, cobre-se de pedra granítica, artesanato, pão, caixas o chão deflorando cerejas vermelhas e brancas, figos fantásticos, azeite, sementes, batatas e queijos... muitos queijos.
Seguimos para a Quinta de Sto Estevão para saborear a paisagem e principalmente o almoço!

Depois de Sernancelhe para o castelo de Penedono, para a capela de S.salvador do Mundo, em S.João da Pesqueira - terra do Pe Albino. Vi uma paisagem de cactos perante as arribas do Douro, um contraste engraçado, acompanhado de uma subida íngreme.

Para finalizar, e após curva contra curva, o monte de S.Leonardo a uma altitude de 556m. Magnifícas fotos registadas na memória e na máquina. Pudemos partihar de um lindíssimo pôr-do-Sol. Como diria a uma maninha, "uma plena oração de louvor a Deus em nós". Depois foi descer o Marão com o céu em tons vermelhos e rosa, com as ventoínhas da energia heólica a colorirem os montes, foi uma visão de rara beleza e de contemplação. Descansei o espírito.

Durante toda a viagem houve um grupo de malta mais "jovem" que formou uma equipa da logística, fazendo das mais variadíssimas tarefas, inclusive companhia ao motorista distraído... adorei a companhia!Vibramos com os penalties, e principalmente com a vitória da Itália!!!

O pessoal mais maduro não parou um momento na animação, passou a viagem a cantar.
Temos uns paroquianos muito animados!
É favor repetir a experiência! :)

Susana Bilber

Para Santiago de Compostela pelo caminho Francês

2006, Abril de 22 a 25

1ºDia
Saída da Matriz, às 7h da matina com caras carregadas de sono ainda. Enchemos um autocarro de dois andares!

Pelo caminho, numa breve paragem, esquecemo-nos do guia turístico!!! Passado 30mins da partida notamos que nos faltava o guia! Veio à boleia até nós noutro autocarro português que também ia para os nossos lados…

Paragem em Puebla de Sanabria, para almoçar e visitar o Lago milenar, o lago glaciar maior da península Ibérica. Aqui uma senhora ao experimentar com a mãozinha a temperatura da água... caiu lá de joelhos!

Em Léon, visitamos a Catedral de Sta Maria de Regla - a Virgem Branca. Catedral com com bonitos vitrais e onde celebramos eucaristia em Português. Percorremos algumas ruas e praças, conhecemos um pouco da história de Pelayo – chefe do exército Romano que andou pelas Astúrias e colocamos as nossas mãos numa das 20 medidas de mãos existentes no mundo. Sabiam que há 20 medidas de mãos?!

A mão que encontrasse a sua medida no monumento do peregrino era abençoado no restante caminho para Santiago de Compostela :)
Após caminhada dormida no hotel fantástico…

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2ºdia
Acordar cedinho para marchar em direcção a Potes em plenos Picos da Europa. Até lá uma panorâmica indescritível, com longos desfiladeiros, espaços verdejantes, cabras montesas a correr nas encostas, peregrinos do Caminho Francês para Santiago de Compostela, a neve, a gastronomia, as varandas das casas, os riachos…

Paragem no Mosteiro Farnciscano de St Toribio de Liébana. Achado no meio das montanhas estava em verdadeira festa pois era a abertura do ano santo na Cantábria. Pudemos após 2h na fila ao Sol passar a porta do perdão e beijar um pedacinho do Lignum Crucis, dois pedaços da cruz de Cristo. Foi um momento de interiorização e louvor…

A riqueza de paisagens e de paragem espiritual foi em Covadonga, no Santuário da Virgem de Covadonga. Além da Catedral local excelente para a oração, visitamos a Santa Gruta, e a Fonte Santa. Diz a lenda que a jovem solteira que rezar à Virgem, beber água da sua fonte e atirar uma moeda para o lado, terá que dizer com fé: “A água da fonte da Virgem de Covadonga é muito clara, a menina solteira que dela beber, casará dentro de um ano”. Digamos que houve quem cumprisse o ritual, com o entusiasmo de padrinhos e com a bênção do guia turístico…

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3ºdia
Em direcção à costa cantábrica, La Coruña esperava-nos à beira mar. Saindo da zona de montanha fomos acostumando-nos à paisagem marítima enquanto entretínhamos o tempo com adivinhas, anedotas e bailarico improvisado no piso inferior do bus.
Paragem breve em Ribadello e almoço já na cidade cosmopolita com vida universitária, museus e lojas conhecidas. Junto ao mar, a Torre de Hércules e uma Rosa dos Ventos gigante.

Deu para passear junto à Marina, na praça Maria Pita, visitar uma ou outra igreja e comprar Recuerdos. E a night foi já em Santiago e Compostela com alguns cromos, muita risada e rambóia com pessoal de outros duas excursões de Itália e Espanha.

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4º dia
A famosa Catedral foi visitada. Após explicação detalhada da história e tradição das peregrinações ao santuário, cumpri todo o ritual. A mão direita no pórtico da Glória em louvor ao caminho feito, as três cabeçadinhas na cabeça de Sansão para que me conceda Sabedoria e o abraço à estátua do apóstolo. A eucaristia também soube bem e no final tivemos direito ao espectáculo do Bota-Fumeiro a voar pelas cabeças dos peregrinos e turistas.

Mais umas voltinhas e regressamos a Portugal, com jantar em Ponte de Lima.
Comi um bacalhauzinho à beira-rio…
Isto sim, foi qualidade de vida!

E definitivamente fica o desejo de regressar com muito mais tempo aos Picos da Europa e à zona das Astúrias.
!ES INESQUECIBLE!

Obrigada a todos por todos os momentos partilhados,
um especial abraço ao Pe Albino!

Susana Bilber

O mundo precisa de ti!

Chegou o tempo de férias! Para os estudantes.

Mas mesmo para aqueles que trabalham e têm pouco tempo disponível há sempre espaço para ajudar os outros que nos rodeiam, por isso, apelo ao Voluntariado, nas comunidades, no país e fora dele (em pequenos gestos, pequenas acções e discrições, de diversas formas, mas com muito carinho). Fica aqui a sugestão para este Verão, em especial. Supostamente é quando os dias são maiores!!...

Qual é a definição de voluntário?
De acordo com as Nações Unidas, "voluntário é o jovem, adulto ou idoso que, devido a seu interesse pessoal e seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividade, organizadas ou não, de bem-estar social ou outros campos."

Voluntariado
( art.º 2.º da Lei n.º 71/98, de 3 de Novembro)

É o conjunto de acções de interesse social e comunitário, realizadas de forma desinteressada por pessoas, no âmbito de projectos, programas e outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade, desenvolvidos sem fins lucrativos por entidades públicas ou privadas.
Não são abrangidas pela presente Lei as actuações que, embora desinteressadas, tenham um carácter isolado e esporádico ou sejam determinadas por razões familiares, de amizade e de boa vizinhança.


O Voluntário:

l) ESTÁ ao serviço das pessoas, das famílias e das comunidades, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e do bem-estar das populações, é por isso um agente de transformação, um actor social.

2) TRADUZ-SE num conjunto de acções de interesse social e comunitário, realizadas de forma desinteressada monetariamente, expressando o trabalho voluntário.

3) DESENVOLVE-SE através de projectos e programas de entidades públicas e privadas com condições para integrar voluntários, envolvendo as entidades promotoras.

4) CORRESPONDE a uma decisão livre e voluntária apoiada em motivações e opções pessoais que caracterizam o voluntário. Este sente-se útil, ganha uma satisfação pessoal, dá uma boa utilização do tempo livre, tem uma elevação da auto-estima, estabelece novas amizades, desenvolve-se pessoal e profissionalmente.


Ousemos ser Sementes em Boa Terra!

Conhecer Cristo meditando na bíblia

O Papa convida os jovens a conhecer a Cristo meditando na Bíblia
«Para meus pés tua palavra é tocha, luz para meu caminho»

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 27 de fevereiro de 2006 (ZENIT.org).- Bento XVI propôs aos jovens do mundo ler a Bíblia para que possam conhecer a Cristo.

É a recomendação que apresenta na mensagem que escreveu por ocasião da XXI Jornada Mundial da Juventude que acontecerá em 9 de abril de 2006, Domingo de Ramos, a nível diocesano.
A carta, publicada esta segunda-feira pela Santa Sé, aconselha aos jovens «adquirir intimidade com a Bíblia, a tê-la nas mãos, para que seja para vós como uma bússola que indica o caminho a seguir».
«Lendo-a, aprendereis a conhecer a Cristo», afirma recordando as palavras de S. Jerônimo (343-420), doutor da Igreja e pai das ciências bíblicas, que dizia «O desconhecimento das Escrituras é desconhecimento de Cristo».

O tema escolhido para esta Jornada pelo Papa é «Para meus pés tua palavra é tocha, luz para meu caminho».
Em particular, o pontífice convida os jovens a aprofundar na palavra de Deus através da «lectio divina», que como ele lhes explica, consiste em autêntico «itinerário espiritual» por etapas.
A primeira das etapas é a leitura [«lectio»], «que consiste em ler e reler uma passagem da Sagrada Escritura tomando os elementos principais».
A seguir, ilustra, se passa à «meditatio» [meditação], «que é como uma parada interior, na qual a alma se dirige para Deus tentando compreender o que sua palavra diz hoje para a vida concreta».
Logo segue a «oratio», «que faz que nos entretenhamos com Deus no colóquio direto».
Por último, «se chega à contemplatio [contemplação], que nos ajuda a manter o coração atento à presença de Cristo, cuja palavra é “lâmpada que reluz em lugar escuro, até que desponte o dia e se levante em vossos corações o luzeiro da manhã”».
Por isso, indica, «a leitura, o estudo e a meditação da Palavra tem que desembocar depois em uma vida de coerente adesão à Cristo e a sua doutrina».

«Construir a vida sobre Cristo, acolhendo com alegria a palavra e pondo em prática a doutrina: eis aqui, jovens do terceiro milênio, qual deve ser vosso programa!», é a mensagem que deixa o Papa.

«É urgente –reconhece– que surja uma nova geração de apóstolos enraizados na palavra de Cristo, capazes de responder aos desafios de nosso tempo e dispostos a difundir o Evangelho por toda parte».
«Isto é o que vos pede o Senhor, a isto vos convida a Igreja, isto é o que o mundo –ainda sem saber– espera de vós!», assegura aos jovens.
«E se Jesus vos chama –diz antes de concluir–, não tenhais medo de responder-lhe com generosidade, especialmente quando vos propõe de segui-lo na vida consagrada ou na vida sacerdotal».
«Não tenhais medo; fiai-vos nele e não ficareis decepcionados», aconselha o sucessor de Pedro.
ZP06022708

Irmão Roger :: 12/05/1915 - 16/08/2005

"Se conhecesses o mistério imenso
do Céu onde agora vivo,
este horizonte sem fim,
esta luz que tudo reveste e penetra,
não chorarias, se me amas!
Estou já absorvido no encanto de Deus
na sua infindável beleza."
Santo Agostinho


Foi há um mês que o irmão Roger entrou na vida da eternidade, contemplando face a face como Ele é, olhando já o invisível, a verdade plena e imutável, o Verbo criador, o Amor que não pode senão amar. Durante a oração da noite, de terça-feira 16 de Agosto de 2005, da Comunidade de Taizé com as Centenas de Jovens que se reuniam na Igreja da reconciliação, uma mulher mentalmente desequilibrada atacou o irmão Roger com uma faca desferindo-lhe vários golpes. Momentos depois faleceu.

O irmão Roger nasceu a 12 de Maio de 1915 na Suiça. Desde cedo alimentava a chama da reconciliação entre cristãos “que todos sejam um, como Tu, Pai, estás em mim e eu em Ti” (Jo 17,21) e a vontade de criar uma comunidade que fosse exemplo de vida nova na Igreja de Cristo. Para isso partiu de sua terra Natal e encontrou em Taizé, em plena 2ª Guerra Mundial o espaço onde viria a começar o sonho que Deus lhe tinha destinado.

Começou por abrigar judeus refugiados da guerra em sua casa e mais tarde na Páscoa de 1949 os primeiros irmãos comprometeram-se a viver aquela simplicidade de vida em comunidade.
Assim começou a chamada “aurora de uma nova Primavera” como João XXIII afirmava e sim, a Primavera do ecumenismo floriu na colina de Taizé, na Igreja da Reconciliação, onde se encontraram membros de diferentes tradições cristãs no respeito e no diálogo, na oração e na partilha fraterna, inspirados pela presença e pelo exemplo do irmão Roger.
“Quando a Igreja escuta, cura e reconcilia, ela torna-se naquilo que é no mais luminoso de si mesma: límpido reflexo de um amor” Os Jovens começaram a chegar àquela colina nos finais dos anos 50 para descobrirem durante uma semana respostas práticas para a sua vida de cristãos e aí beberem da fonte inesgotável do Evangelho.


Além dos encontros semanais em Taizé, a comunidade promove também “uma peregrinação de confiança através da Terra” da qual faz parte um encontro europeu no final de cada ano onde várias dezenas de jovens se reúnem para serem convidados e responsabilizados a serem portadores de paz, reconciliação e confiança, nas suas cidades, paróquias, universidades, local de trabalho…
O último encontro aconteceu no final do ano de 2004 em Lisboa e o irmão Roger esteve presente com a comunidade a animar os jovens que buscam a Cristo. Da nossa paróquia estiveram alguns jovens e testemunharam a força e o sorriso humilde e sincero do Irmão Roger.
O irmão Roger era um homem contemplativo, de oração. No entanto abriu o seu coração de monge e a comunidade de Taizé aos jovens de todo o mundo, à sua procura, à sua esperança, à sua alegria e sofrimento, ao seu caminho na vida e na fé. Mais do quem um guia ou mestre espiritual, o irmão Roger foi para muitos como um pai, como reflexo do Pai eterno e da universalidade do seu amor.

Este momento é de tristeza e alegria ao mesmo tempo, uma notícia triste, porém animados pelo Espírito do Ressuscitado acreditamos que agora nos visita do alto e fala-nos.
“Deveríamos ouvi-lo, ouvir a partir de dentro o seu ecumenismo vivido espiritualmente e deixar-nos conduzir pelo seu testemunho de um ecumenismo interiorizado e espiritualizado…” (Bento XVI)

Enviado por Nuno Monteiro :: 16/09/2005