sábado, 27 de janeiro de 2007

O jovem e as exigências do século XXI





Um ser humano autónomo e solidário – eis o ideal de ser humano deste milénio. Esse ideal representa e retrata as novas tendências do mundo em todas as áreas, inclusive no mercado de trabalho. O surgimento de uma cultura planetária de natureza massiva e carácter pluralista se aproxima. Para sobreviver nos novos tempos é preciso atender a essas exigências, o que implica numa nova postura perante si mesmo, o outro e a realidade.


Num projecto de desenvolvimento pessoal e social, tendo como objectivo geral a construção da cidadania, é preciso definir que homem/mulher e que sociedade queremos formar. Dentro da visão do ser humano autónomo e solidário, algumas atitudes e características devem ser desenvolvidas para que essas qualidades possam ser atingidas.

Os Códigos da Modernidade, apresentados a seguir, enumeram as competências que serão necessárias para que as pessoas possam enfrentar mais adequadamente os desafios do milénio.

Códigos da modernidade

Domínio da leitura e da escrita: Para se viver e trabalhar na sociedade altamente urbanizada e tecnificada do século XXI, será necessário um domínio cada vez maior da leitura e da escrita. As crianças, adolescentes e jovens terão de saber comunicar-se usando palavras, números e imagens. Saber ler e escrever já não é um simples problema de alfabetização, é um autêntico problema de sobrevivência.

Capacidade de fazer cálculos e de resolver problemas: Na vida diária e no trabalho, é fundamental saber calcular e resolver problemas. Calcular é fazer contas. Resolver problemas é tomar decisões fundamentadas, em todos os domínios da existência humana. Na vida social, é necessário dar solução positiva aos problemas e às crises. Uma solução é positiva quando produz o bem comum.

Capacidade de analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situações: Na sociedade moderna, é fundamental a capacidade de descrever, analisar e comparar fatos e situações. Não é possível participar activamente da vida da sociedade global, se não somos capazes de manejar símbolos, signos, dados, códigos e outras formas de expressão linguística, buscando causas e possíveis consequências, colocando o fato no curso dos acontecimentos, dentro da história.

Capacidade de compreender e actuar em seu entorno social: Compreender o entorno social é saber explicar acontecimentos do ambiente onde estamos inseridos. Actuar como cidadão é ser capaz de buscar respostas, de solucionar problemas, de operar, alterar e modificar o entorno. Significa ser sujeito da história.

Receber criticamente os meios de comunicação: Um receptor crítico dos meios de comunicação é alguém que não se deixa manipular como pessoa, como consumidor, como cidadão. Os meios de comunicação produzem e reproduzem novos saberes, éticas e estilos de vida. Ignorá-los é viver de costas para o espírito do nosso tempo.

Capacidade para localizar, aceder e usar melhor a informação acumulada: Num futuro bem próximo, será impossível ingressar no mercado de trabalho sem saber localizar dados, pessoas, experiências e, principalmente, sem saber como usar essa informação para resolver problemas. Será necessário consultar rotineiramente – muitas vezes pela internet – bibliotecas, videotecas, centros de informação e documentação, museus, publicações especializadas etc.

Capacidade de planear, trabalhar e decidir em grupo: Saber associar-se, trabalhar e produzir em equipa são capacidades estratégicas para a produtividade e fundamentais para a democracia. Essas capacidades se formam quotidianamente através de um modelo de ensino-aprendizagem autónomo e cooperativo, em que o professor é um orientador e um motivador para a aprendizagem.

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