quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

A simplicidade e a alegria



Na parábola do fariseu e do publicano (Cfr. Lc 18,9-13), a oração do publicano foi a mais simples, pois apenas dizia: «Tem piedade de mim que sou pecador». Mas foi ele quem se sentiu feliz e voltou para casa justificado.

Somos convidados a aprender a rezar com simplicidade, na certeza que as coisas do Reino são percebidas geralmente muito melhor pelos pequenos e simples, do que pelos muito instruídos: «Escondestes estas coisas aos sábios e prudentes e as revelastes aos pequeninos».

Embora não vejamos a Deus, sabemos que ele nos vê, nos conhece pelo nosso nome, ama-nos com um amor sem igual. Dizer que ele nos ama como um pai é uma forma muito pobre de dizer o seu amor, porque a sua ternura para connosco é grande. Não o vemos, mas sabemos que está presente de uma maneira não visível.

A este Deus, com toda a simplicidade e alegria de nos sentirmos amados, dirigimos a nossa oração confiante, feita por Jesus Cristo, seu amado Filho, e animados pelo Espírito Santo.

Encontramos na Bíblia e na história dos cristãos muitos modelos de oração. Homens e mulheres que na simplicidade e na alegria rezaram a Deus como se vissem o invisível.

Maria de Nazaré com simplicidade escuta a Deus e diz «sim» ao seu projecto. Com alegria louva-o porque ele fez maravilhas.

Os cegos e os surdos, os coxos e os leprosos, na sua simplicidade só sabem dizer: «Tem piedade de mim, Senhor!»

Teresa de Jesus passou vinte anos de aridez espiritual, de secura, de falta de gosto pela oração. Mas continuou a acreditar na presença de Deus: «0 verdadeiro amante em toda a parte ama e sempre se recorda do seu amado. A oração mental não é senão tratar de amizade, estando muitas vezes a sós com quem sabemos que nos ama».

0 Cura de Ars, na sua simplicidade, dizia: «Ele olha para mim e eu olho para ele». E ficava durante muito tempo na capela a contemplar o sacrário.

Na catequese, esta atitude de simplicidade e alegria pode ser favorecida das seguintes formas:

- ensinar a fazer orações expontâneas;

- fazer orações a partir de jaculatórias: «Jesus, eu amo-te» ... - recitar lentamente o Pai nosso;

- intercalar a palavra para com a música, cantando algum refrão;

- Dar importância aos símbolos, à luz e às flores;

- utilizar orações dos livros, mas sem exagerar.


Que a sessão de catequese ou Encontro seja verdadeiramente uma escola de oração.

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